Integrado juntamente com a Constituição Federal Brasileira, o Sistema Único de Saúde dispõe de condições para a proteção universal, gratuita e de acesso igualitário a todos, sendo consolidado como o maior sistema público de saúde do mundo.
O SUS está presente desde a vacinação no posto de saúde até o atendimento e tratamento de pessoas com doenças raras. Não somente isso, o Sistema Público de Saúde engloba, também, o controle de água potável e doações, sejam elas de sangue, órgãos ou leite materno. Durante os 33 anos de existência, a partir da sua integração oficial na comunidade em 1990, a evolução desse sistema foi e continua sendo importante para a inclusão de todos.
A saúde pública é um importante instrumento de democratização no país, não só como um direito constitucional de acesso à saúde, mas também como expectativa de vida e esperança aos mais necessitados. A partir disso, vale destacar alguns pontos que são importantes para compreendermos melhor o maior sistema público do mundo.

O que precisamos saber sobre o Sistema Público de Saúde:
Finalidade do SUS
Promover a justiça social e superar as desigualdades na assistência à saúde da população
O que é oferecido gratuitamente
Oferece serviços de baixa, média e alta complexidade, assim como consultas médicas, medicamentos gratuitos, atendimento domiciliar, além de atendimento de urgência e emergência.
Como o SUS promove a saúde
Com realizações de consultas, exames e internações, além de campanhas de vacinação e ações preventivas de vigilância sanitária, como fiscalização de alimentos e registro de medicamentos.
Principais princípios do SUS
Universalidade, integralidade e equidade – o atendimento deve ser realizado de acordo com a necessidade de cada um.
Entretanto, apesar de todos os benefícios citados anteriormente, o Sistema Único de Saúde enfrenta diversos problemas. Ainda que as leis e diretrizes sejam excelentes na teoria, é evidente que na prática o SUS enfrenta diversos problemas, e um dos principais motivos vem a ser pela negligência estatal.
Desafios enfrentados pelo sistema de saúde
A falta de estruturas como hospitais e postos de saúde, especialmente nas regiões periféricas, são ocasionadas pelo baixo investimento das secretarias nas construções de novos prédios ou pela falta de leitos nesses locais. Diante do exposto, muitos pacientes enfrentam um quadro de espera muito grande, o que pode resultar no agravamento de doenças, sejam elas leves ou graves.
Ainda, a falta de verba expõem, frequentemente, a negligência estatal para com o comprimento do direito constitucional. Problemas com a má distribuição de médicos torna isso ainda mais evidente. A OMS estima que o Brasil tenha cerca de 17 profissionais da saúde para cada 10 mil habitantes, tornando insalubre atender toda a população, tendo como consequência as longas filas de espera.
Apesar do SUS ter sido um passo importante para o avanço da saúde brasileira, a defasagem do mesmo é evidente na realidade. Vale destacar também que as falhas na gestão de insumos tornam evidente a deficiência na administração, contribuindo na desigualdade das ofertas de serviços.
Conclusão
Fica evidente que medidas precisam ser tomadas por órgãos governamentais para que o acesso à saúde pública seja de fato um sistema universal na prática. Uma gestão mais eficiente e a injeção de recursos em lugares que realmente necessitam seria um grande passo para o início da diminuição das desigualdades frente à saúde brasileira.
Ainda, é visível que tais falhas nas instituições exigem soluções multifacetadas. Redefinição dos fluxos de atendimento logo na triagem tornaria mais simples definir o que é prioritário e quem poderia ser redirecionado a uma unidade básica de saúde, diminuindo, assim, as longas filas de espera em UPAs e hospitais, garantindo a qualquer cidadão um atendimento humanizado.