Sabemos que o Oriente Médio é uma região com muitos conflitos sangrentos e duradouros na história do mundo. Motivados por questões religiosas, segregacionistas e pela busca incansável de aumentar seus territórios, constantemente se lê notícias de que dois ou mais países dessa região abriram fogo contra o outro. O mais atual e prolongado conflito é entre os estados de Israel e Palestina, que desde o século XX entram em guerra por quesitos territoriais e religiosos.Dessa forma, o contexto histórico é de suma importância para entendermos o cenário atual de Israel.
Antes de tudo, é imprescindível ressaltar o que foi o Movimento Sionista. O Sionismo foi um movimento nacionalista que reinvidicava a criação de um Estado judeu na Palestina. Desde 1920, com o Movimento Nacional Palestino, árabes tratavam os judeus que chegavam às colônias como inimigos. Com o surgimento do totalitarismo na Alemanha Nazista, algumas lideranças árabes chegou a apoiar Hitler e sua teoria de uma raça superior. Com isso, o Movimento Sionista chegou a alcançar judeus de todas as localidades do mundo, obtendo, assim, êxito em seu objetivo central.
Questão histórica
Criação do Estado de Israel
Com o êxito na criação do Estado de Israel, em 1948, a Liga Árabe acaba por não reconhecer o novo estado, gerando uma guerra civil entre árabes e israelenses. Entretanto, Israel, apoiado pelos Estados Unidos, ganha a primeira grande guerra, aumentando seu domínio territorial e obtendo parte da cidade Sagrada Jerusalém e, como consequência, o estado da Palestina foi dividido entre Egito e Cisjordânia.
No ano de 1964, com a criação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) pela própria Liga Árabe, os palestinos propõem ações terroristas contra Israel, tendo como a maior facção a Al-Fatah, criada em 1959, tendo como a próxima grande guerra o conflito de Seis dias.
Guerra de Seis dias
Apesar das propostas terroristas realizadas pela Palestina, Israel deu início a uma “guerra preventiva”, em 1967, se antecipando a uma possível invasão árabe no seu território. Pegos de surpresa, os palestinos perderam novamente a guerra e, consequentemente, Israel anexou a Faixa de Gaza ao seu território e a porção oriental de Jerusalém.
Entretanto, os árabes não aceitaram a construção de uma linha de fortificação feita pelos israelenses no território da faixa de Suez, que buscavam proteger os novos territórios conquistados e, com isso, entraram novamente em conflito com Israel no dia do feriado judeu Yom Kippur, em 1973.
Dia do Yom Kippur
Com a não aceitação árabe da construção da linha de fortificação, Egito e Síria atacaram o Estado judeu, com uma nova tentativa de explusar os judeus do Oriente e também de retomar o controle da região perdida na Guerra dos Seis dias.
A guerra se deu na região do canal de Suez e, apesar dos árabes terem dado o primeiro movimento, a Marinha de Israel conseguiu derrotar as embarcações dos atacantes, expulsando-os de seu território e vencendo novamente o embate, o que fez manter os territórios conquistados desde 1967 pelos israelenses.
Em 1978, foi assinado um Acordo de Paz entre israelenses e egípcios, reconhecendo, o Egito, a existência do Estado de Israel, tornando-se o primeiro país árabe a tomar essa atitude.
Intifadas
Intifadas nada mais é que uma revolta popular contra o controle israelense em Gaza. Desde a década de 80, vários desses movimentos populares se tornaram presente nesta região, utilizando-se da própria força braçal, assim como a utilização de pedras, destruições de casas e carros, sequestrando crianças e jovens para serem usados como reféns.
Nesse mesmo contexto, houve a criação do grupo Hamas. Fundado em 1987, tal grupo usa de estratégias terroristas em prol da criação de um Estado Islâmico e, também, em prol da destruição de Israel. O grupo Hamas ficou conhecido por ser um Movimento de Resistência Islâmica, sendo também uma organização política e administrativa.
Em 2005, Israel retirou suas tropas da região de Gaza e o grupo Hamas tomou o poder em 2007, após expulsar o outro grupo terrorista Al-Fatah. Desde 2000, Hamas esteve por trás de vários atentados suicidas em Israel, entre eles cabe citar a explosão de dois ônibus na cidade de Beersheba.
Um dos últimos conflitos entre israelenses e o grupo Hamas antes do atual cenário foi em janeiro, na qual os judeus invadiram um campo de refugiados e os mulçumanos responderam com 2 foguetes enviados da Faixa de Gaza diretamente para o território de Israel. A partir desse contexto, vale destacar o cenário atual vivido pelos dois grupos.
Cenário atual
Desde sábado (07), Israel e Hamas se enfrentam em um novo conflito após o grupo terrorista abrir fogo contra os israelenses. A busca pela destruição do estado judeu e pela resposta à “agressão sionista”, torna esse ataque-surpresa como a masi violenta ação contra o território israelense dos últimos 50 anos.
Sendo lançados a partir da Faixa de Gaza, cerca de 5 mil foguetes abriram fogo e deram início ao conflito. Israel, por fim, declarou guerra contra o grupo Hamas, realizando retaliações, lançando bombas em direção à Gaza. São cerca de 900 mortes desde sábado no território israelense e mais de 100 pessoas utilizadas como reféns.
Conclusão
Observamos, com isso, que os conflitos entre judeus e palestinos é um problema histórico, e apesar de diversas tentativas de acordos de paz, a busca desenfreada por reivindicações territoriais acaba por se sobressair.
É evidente que o contexto atual é o mais violento da história desse longo conflito, entretanto as motivações continuam as mesmas.