Em 03 de janeiro de 1929, nascia Gordon Moore, em San Francisco, na Califórnia. Cientista, pesquisador e cofundador de uma empresa que você já deve ter ouvido falar, uma tal de Intel.
Em 1965, Gordon Moore escreveu um texto para a revista Electronic Magazine, e foi publicado no dia 19 de abril daquele mesmo ano. Neste artigo científico, Moore falava a respeito da evolução da tecnologia dali para frente. E foi nestas reflexões em que, sem saber, fez uma das previsões mais certeiras sobre a informática do último meio século.
O Artigo
“A complexidade para componentes com custos mínimos tem aumentado em uma taxa de aproximadamente um fator de dois por ano… Certamente, em um curto prazo, pode-se esperar que esta taxa se mantenha, se não aumentar. A longo prazo, a taxa de aumento é um pouco mais incerta, embora não haja razões para se acreditar que ela não se manterá quase constante por pelo menos 10 anos. Isso significa que, em torno de 1975, o número de componentes por circuito integrado para um custo mínimo será 65.000 (65nM). Eu acredito que circuitos grandes como este poderão ser construídos em um único componente (pastilha)”.
Resumidamente, Moore previu, baseado em suas observações da indústria, que o número de transistores em um processador dobraria, em média, a cada dois anos e mantendo o mesmo (ou menor) custo e o mesmo espaço.
Em 1975 houve uma revisão dessa “lei” onde Moore redefiniu o período em que o número de transistores dobraria de dois anos para 18 meses. E ela tem se mostrado certeira até hoje.
Esta evolução, dá-se principalmente pela capacidade de miniaturização dos componentes. Hoje tanto a Intel, como AMD e até Apple (além de outras dezenas de fabricantes de processadores) estão com o que chamam de processadores de 4 nanômetros. E acredite, isso já é muito, muito pequeno.
1 nanômetro, corresponde a 10−9 metro (0,000.000.001 metro, um bilionésimo de metro), é como pegar 1 milímetro e dividir por 1 milhão.
Pra sempre?
Por menores que sejam, a miniaturização dos circuitos, tem um limite. E acredite, já estamos bem próximos disso.
Segundo especialistas, este limite chegará em 2025 ! ou seja, em dois anos mais ou menos! Quer dizer que a partir de 2025 os processadores não vão conseguir evoluir da mesma forma que evoluem hoje, pelo menos não na mesma velocidade, pois a saída será aumentá-los de tamanho quando necessitarmos de mais processamento. E isso necessitará de mais energia e mais resfriamento.
Alternativas
Pelo jeito, vamos precisar de alternativas para este limite, certo? Sim, mas algumas delas já estão em andamento, uma delas é o processador quântico, apesar de não ter data prevista, já que o método de construção e operação desses chips envolve física quântica (daí o nome) e ao invés de bit termos qubit.
Com o aumento de dados que geramos e com o crescimento cada vez maior da Inteligência Artificial, fica claro que vamos precisar dessa alternativa o quanto antes.
Se você, assim como eu é apaixonado por tecnologia, será um “prato cheio”, muitas mudanças virão nos próximos anos. Aguardemos ansiosos.
Até mais!